Sobre corrupção

(Copiado do log da Mirian Leitão.)

Corrupção tem remédio que tem sido usado em outros países
01/12/2009 – 08:46

O DNA dos escândalos é o mesmo. A diferença é que esse foi mais bem documentado. Há fatos que se repetem no mensalão do PT, do PSDB mineiro e agora no do Democratas de Brasília. A corrupção está ficando previsível, repetindo o mesmo padrão.

Assim, a sociedade pode se defender criando regras para combater o problema. Em todos, os envolvidos disseram que era dinheiro para campanha como se isso fosse aceitável. Não. Caixa 2 é crime. As doações têm que ser feitas dentro das regras da Justiça Eleitoral. Dinheiro registrado, com origem, com nome do doador.

Outro fato que se repete é que empresas fornecedoras do governo ganham licitações e depois pagam comissão alimentando os esquemas. Remédio contra isso é aumentar o acesso da sociedade às informações de todos os contratos de fornecedores dos governos e das estatais.

Outros países viveram situação semelhante. Conversei ontem com a Transparência Brasil. O que eles dizem é que isso não acontece só no Brasil. Mas só aqui os crimes têm ficado impunes e não há medidas para proteger o país da corrupção.

No Peru houve um caso igual a esse. Vladimiro Montesinos, braço direito do então presidente Fujimori, gravou a distribuição de dinheiro para políticos. Montesinos foi preso, ainda está. O governo caiu, Fujimori fugiu, foi apanhado e condenado. O país criou regras de transparência nos contratos e um Judiciário especializado em combater a corrupção.

Na Inglaterra, descobriram o pagamento indevido de despesas pessoais. Os beneficiados devolveram o dinheiro. Na Costa Rica, o governo dá desconto no Imposto de Renda para doadores de pequena quantia. Isso faz o cidadão se envolver mais com a política e reduz o poder das grandes empresas.

Nos Estados Unidos, o presidente nomeia 900 cargos em comissão, no Brasil, o presidente nomeia 60 mil. Lá, o indicado passa por investigações. Aqui não. O presidente Obama não pode nomear algumas autoridades que ele queria. Enfim, corrupção é uma doença curável. O remédio é mais transparência, regras objetivas e punição.

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