“Berzoini pede votos pelo arquivamento de denúncias no Conselho de Ética”
“Mercadante diz que deixará liderança do PT em twitter”
“Mercadante adia discurso de renúncia para amanhã”
“Mercadante conversa com Lula sobre sua saída da liderança do PT”
“Após reunião com Lula, pronunciamento de Mercadante é mantido para esta sexta”
“Mercadante já se prepara para discursar da tribuna do Senado, diz assessoria”
“Mercadante vai telefonar para Lula antes de discursar da tribuna, diz Suplicy”
“Mercadante recua mais uma vez e diz que ficará no cargo de líder do PT”
O texto acima diz respeito às principais notícias, em ordem cronológica, veiculadas no site G1 nos últimos dias. Como se percebe, a cronologia mostra as idas e vindas do senador Aloizio Mercadante a respeito da sua renúncia — ou não — à liderança do PT no Senado. Acredito que o leitor é capaz de perceber a indecisão no senador — e tenho a certeza absoluta de que o leitor também percebe o quanto tal oscilação foi (é) nociva para a política brasileira em geral e para o Senado brasileiro em particular.
Mais que isso: some-se a tais manchetes o argumento de Mercadante — qual seja, “não renunciei porque Lula pediu”. O senador, desta forma, se rebaixa a quem já estava rebaixado, posto que Lula perdeu o restolho de “santidade moral” que possuía ao abraçar — literalmente ou não — ex-desafetos, como o próprio Sarney e, principalmente, Collor (vejam a foto em postagens antigas).
Pergunto-lhes: com quem é o compromisso do senador Mercadante? Com seu eleitorado? Com seu partido? Com Lula? Ao “não renunciar porque Lula pediu”, Mercadante deixou claro que, na verdade, é “só mais um” — e que prefere se fundamentar em argumentos tais como “temos toda nossa história em conjunto” e “são apenas divergências temporárias” do que enfrentar o fato de que o partido ao qual pertence foi engolido pela ganância política da sua maior “estrela”.