9 de maio de 1945. Esta é a data, para os russos, em que a Segunda Guerra Mundial acabou, pois foi quando a Alemanha aceitou a rendição incondicional aos soviéticos.
Para aqueles que me conhecem, não é surpresa alguma eu estar aqui falando da Rússia (mais uma vez). Mas, para além de qualquer admiração pessoal que eu tenha pela Rússia, é inegável a importância que o país teve na Segunda Guerra Mundial, importância esta que, muitas vezes, foi (e continua sendo) ignorada pela grande imprensa mundial/ocidental devido à Guerra Fria e aos seus resquícios.
“Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria (quando não era mais conveniente ressaltar qualidades positivas do antigo aliado soviético…), o chamado fronte oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história, e mostrou excepcionais tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizado do Exército Vermelho frente à Wehrmacht. Apesar de imensas perdas humanas e materiais, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht (então o maior, melhor treinado, mais bem equipado, e mais eficiente exército do mundo, cujos vários feitos em eficiência e versatilidade em campo permancem inigualados até hoje) a ser capaz de se reorganizar, e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando em seu território (como na recuperação da França, por exemplo, precisou da ajuda maciça de tropas americanas e britânicas), e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha – terminando, na prática, a guerra: poucos dias depois do suicídio de Hitler na Berlim já completamente ocupada pelo Exército Vermelho, as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.” (Texto retirado da Wikipédia)
É inegável o papel da ex-URSS na Segunda Guerra Mundial e, mais ainda, é inegável o papel que a chamada “Grande Guerra Patriótica” teve na formação do caráter nacional soviético/russo. A vitória na Segunda Guerra Mundial está para a URSS/Rússia assim como a queda da Bastilha está para a França, ou o 4 de julho está para os EUA: é um evento único, formador do caráter nacional russo. Também não é para menos: estima-se que a então URSS perdeu 26,6 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o segundo país que mais perdeu foi a Polônia, com 6 milhões de baixas (a grande maioria civis, judeus). Dos países ocidentais, o que mais mortes teve foi a França, com 600 mil baixas.
A vitória sobre o nazismo é extremamente valorizada ainda hoje na Rússia. Prova disso é o Museu da Grande Guerra Pátria, em Moscou, no qual estão presentes diversos elementos que se relacionam com a guerra. Abaixo coloco algumas fotos do local.
Diversas outras imagens poderiam ser colocadas aqui para simbolizar a gratidão que todo o mundo deveria ter para com a Rússia. Sem medo de errar, afirmo com toda certeza que, se não fosse pela União Soviética e pela sua luta contra a Alemanha durante a Guerra, hoje não estaríamos na situação que estamos. A afirmação de que o “Dia D” foi o verdadeiro responsável pela vitória dos Aliados sobre o Eixo não passa de balela: os americanos, ingleses, franceses e canadenses só desembarcaram nas praias francesas em 6 de julho de 1944 depois que o Exército Vermelho já havia feito todo o “serviço” contra a Alemanha, no sentido de conter a expansão alemã no leste europeu.
Em resumo: se não fosse pela União Soviética, e se não fosse pelas suas imensas perdas, com certeza a Segunda Guerra Mundial teria durado muito mais e, quem sabe, teria tido um outro resultado. Nada mais justo, portanto, do que fazer uma pequena e singela homenagem àqueles que deram sua vida contra o nazismo há 66 anos atrás.
caraca já pensou essa locomotiva-tanque mandando bala pra todo lado? omg
Existem alguns vídeos no YouTube que mostram esta locomotiva em ação.
sinto falta da uniao sovietica e do equilibrio que existia no mundo.
Será que existe algum relato de um sobrevivente que utilizou esta maqui na de guerra mortal,na qual tenho certeza que morreram muitas pessoas ?
Particularmente,acredito que foi preciso utilizar este poderio de guerra para afugentar o inimigo e vencer a batalha pela vida e pelo país….
Não tenho conhecimento sobre tais relatos.
De onde você tirou essa historia fontes amigo deixa para la kkkk
sabe alguma coisa sobre Schwerer Gustav und Dora. só para constar não sou nazista mas gosto de ler sobre 2 grande guerra.
As fontes vieram das 8 viagens que fiz à Rússia e à viagem à Ucrânia e também aos campos de concentração e de extermínio na Alemanha e na Polônia. E não tenho nada sobre a pessoa citada. Ficarei devendo desta vez. Obrigado pela visita!
Um check mate contra o nazismo, muito bom Prof. Matheus!
Obrigado!
Adorei tudo que li
Além do Hermitage quero conhecer o museu da Vitória
Parabéns,professor!
Eu que agradeço pela sua presença por aqui, Maria Helena. Bom que gostou. Vale a pena visitar o Museu em São Petersburgo! Se houver dúvidas, é só falar, ok? Um abraço!